A bizarra verdade sobre os contos de fada
A Verdade dos Contos
Creio que não é só eu que conhece vários contos de fadas graças a Disney e quem sabe, outras produtoras de vídeos. O problema é que aquela versão fica para nós como a “certa” ou a “normal” e taxamos as originais com a “hardcore” ou a “true metal” ou também “from hell agressive”. Seja como for que se expressem, leiam o texto retirado do Leitor e conheçam um pouco das histórias que cresceram ouvindo, lendo e assistindo:
Chapeuzinho Vermelho
A versão desse conto que conhecemos é aquela em que Chapeuzinho Vermelho, no final, é salva pelo caçador, que mata o lobo mau.
Porém, a versão original do francês Charles Perrault não é tão bonita. Nessa versão, chapeuzinho é uma garotinha bem educada que recebe falsas instruções quando pergunta ao lobo sobre o caminho até a casa da vovó. No fim, ela é simplesmente devorada pelo lobo. Só isso, e a história acaba. Não há caçador e nem vovozinha, apenas um lobo gordo e a Chapeuzinho Vermelho morta. A moral da história é que não se deve falar com estranhos.
A Pequena Sereia
A versão de 1989 de A Pequena Sereia poderia ser intitulada “A Grande Sortuda”. Nessa versão da Disney, a princesa Ariel termina sendo transformada em um ser humano para que possa casar com Eric. Há uma festa maravilhosa com a presença de seres humanos e seres do mar.
No entanto, no original de Hans Christian Andersen, Ariel vê o príncipe casar-se com outra e entra em desespero. Oferecem-lhe uma faca com a qual ela poderia matá-lo, mas, em vez disso, ela salta para o mar e morre ao voltar para a costa. Hans Christian Andersen modificou um pouco o final para amenizar a história. Na nova versão, ao invés de morrer na espuma da praia, ela se torna “filha do ar”, esperando ir para o céu. De qualquer forma, ela morre.
A Branca de Neve
Na história da Branca de Neve que nós conhecemos, a rainha manda o caçador matá-la e trazer seu coração como prova. O caçador não consegue fazer isso e lhe traz o coração de um tipo de porco.
A boa notícia é que a Disney não distorceu tanto essa história, mas omitiu detalhes importantes: no conto original, a rainha pede o fígado e os pulmões de Branca de Neve, que serão servidos no jantar daquela noite! Também no original, a princesa acorda com o balanço do cavalo do príncipe, enquanto era levada para o castelo. Não há nada de beijo mágico. O que o príncipe queria fazer com o corpo desfalecido de uma garota é algo que vou deixar para sua imaginação. Ainda na versão dos irmãos Grimm, a rainha má é forçada, no final, a dançar até a morte usando sapatos de pedra, quentes como brasas.
A Bela Adormecida
Contudo, o conto original não é tão doce. Nele, a jovem garota adormece por causa de uma profecia, não de uma maldição; e não é o beijo do príncipe que a desperta: o rei a vê dormindo e, querendo se divertir, a estupra. Depois de nove meses, nascem duas crianças (e ela continua dormindo). Uma das crianças chupa o dedo da mãe, retirando a peça de linho que fazia ela dormir. A princesa acorda para saber que foi estuprada e é mãe de gêmeos. Fim.
João e Maria
Na versão largamente conhecida de João e Maria, ouvimos sobre duas crianças que se perdem na floresta e encontram uma casa feita de doces e guloseimas que pertence a uma bruxa. Elas então são aprisionadas enquanto a bruxa se prepara para comê-las. Eles conseguem escapar e atiram-na no fogo, salvando-se.
Numa versão francesa mais antiga (chamada As Crianças Perdidas), ao invés de uma bruxa, há um demônio, que também é enganado pelas crianças. Contudo, ele não cai na cilada e está prestes a colocá-los na guilhotina. As crianças fingem não saberem como entrar no instrumento e pedem para a esposa do demônio mostrar como se faz. Nesse momento, elas cortam seu pescoço e fogem.
Cinderela
Na Cinderela moderna, nós temos a linda princesa casando-se com o príncipe depois que este viu que o sapatinho de cristal servia em seus pés.
Esse conto tem suas origens por volta do século I a.C, no qual a heroína de Strabo se chamava Rhodopis, não Cinderela. A história era muito parecida com a atual, com exceção dos sapatinhos de cristal e da abóbora. Porém, oculta por trás dessa linda história há a versão mais sinistra dos irmãos Grimm: nela, as irmãs de Cinderela cortam partes dos próprios pés para que eles caibam no sapato de cristal, querendo enganar o príncipe. Ele, então, é avisado por dois pombos, que bicam os olhos das irmãs. Elas passam o resto de suas vidas como mendigas cegas enquanto Cinderela vive no castelo do príncipe.
Os Três Porquinhos
O conto dos Três Porquinhos foi muito amenizado para as crianças de hoje, ao contar uma história cheia de violência sem mostrar violência. Terminamos com um conto muito simplório que mostra “como é bom ser esperto”.
A história original perdeu muito. O conto original não é mais longo, já que o lobo mau não perde tanto tempo assoprando casas. Ele faz isso para pegar os dois primeiros porquinhos. Aqueles coitados são logo pegos e devorados. O terceiro porquinho – o mais esperto de todos – é o entrave. Sem conseguir assoprar a casa de tijolos, o lobo tenta blefar. Ele faz de tudo para trazer o porco para fora de casa, promete nabos, maçãs, e uma visita à feira. O porco recusa a tentação, sabendo que há coisas mais importantes. O lobo decide então voltar à violência. Ele escala a casa e entra pela chaminé. Porém, o porquinho tinha planejado isso, e colocou um caldeirão de água fervendo na lareira. O lobo cai ali dentro e morre. Ele – e os dois outros porquinhos em seu estômago – são agora o sinistro jantar do terceiro porco.
0 BIZARRICES SOBRE A COPA DO MUNDO
1. Juiz maluco (1978)
A estréia do Brasil na Copa de 78 foi num duríssimo embate com a Suécia. Com o placar de 1 x 1, o Brasil tem um escanteio exatamente aos 45 do segundo tempo. Nelinho cobra, e a bola vem na cabeça de Zico, que faz o que seria o gol da vitória brasileira.
Seria, porque o árbitro Clive Thomas, em atitude estranhíssima, terminou o jogo logo após autorizar a cobrança de Nelinho, ou seja, com a bola no ar. Apesar das reclamações brasileiras, o gol não valeu e o jogo terminou 1 x 1 mesmo.
Seria, porque o árbitro Clive Thomas, em atitude estranhíssima, terminou o jogo logo após autorizar a cobrança de Nelinho, ou seja, com a bola no ar. Apesar das reclamações brasileiras, o gol não valeu e o jogo terminou 1 x 1 mesmo.
2. Ah, as suecas… (1958) A comissão técnica da seleção brasileira de 58, chefiada por Paulo Machado de Carvalho, foi meticulosa em seu planejamento. Nada poderia atrapalhar a nossa seleção. Porém, tiveram de driblar as mulheres suecas. Primeiramente, ao chegar no hotel onde a seleção ficaria, descobriram que uma das camareiras era uma loura lindíssima. Após uma conversa com a direção do hotel, a tal loura ganhou umas férias durante a Copa.
Após a final, o meia Moacir, negro e magro, desfilava com uma loura estonteante. Foi visto por alguns jogadores, que foram falar com ele. Moacir arregalou os olhos, e antes que eles falassem, cochichou no ouvido deles: “Por favor, digam que sou o Pelé”.
No fim das contas, o grande driblador Garrincha deixou não só os adversários no chão, como também a comissão técnica. Tempos depois, nascia Ulf Lindberg, filho sueco de Mané.
3. Joguinho de compadres (1982) Os dois últimos jogos da fase de grupos, na Copa de 82, eram disputados em horários diferentes. Com isso, poderia acontecer de um time entrar em campo sabendo qual resultado deveria obter. Após a vitória da Argélia sobre o Chile, Alemanha e Áustria se enfrentariam, e uma vitória alemã por 1 gol de diferença classificaria ambos times, em detrimento dos africanos.
Não é preciso ser vidente para adivinhar o que aconteceu, mas os times podiam ter disfarçado melhor: a Alemanha fez 1 x 0 aos 10 minutos de jogo, e os 80 minutos seguintes foram de muito toque de bola no meio campo, com os times visivelmente desinteressados e a torcida vaiando a falta de esportividade.
4. A Copa da qual ninguém queria participar (1950) Se hoje as seleções saem quase no tapa para chegar ao Mundial, até a metade do século passado não era bem assim. Com o mundo ainda abalado no pós-guerra, e uma sede bem distante da Europa, a Copa de 50, no Brasil, exigiu muito jogo de cintura da FIFA para conseguir participantes.
Duas desistências foram marcantes. A primeira foi a da Escócia, que obteve a vaga numa mamata criada pela FIFA, onde o 2º lugar de um torneio que envolvia a Inglaterra também ganharia a vaga. Como era de se esperar, os ingleses venceram e os escoceses ficaram em segundo. Alegando não se sentirem merecedores, desistiram de participar. Já a Índia ganhou a vaga no campo, porém desistiu por um motivo esdrúxulo: seus jogadores tinham o hábito de jogar descalços, o que não era permitido pela FIFA. Não houve acordo e os indianos desistiram do Mundial.
Nápoles foi a sede da semifinal da Copa de 90, que deixou a cidade dividida. De um lado, a Argentina do ídolo local, Maradona. Do outro, a Itália, pátria-mãe. A Argentina eliminou a Itália e Maradona achou que teria o apoio dos italianos, por ser popular em Nápoles.
Mas a final foi em Roma, e a mágoa italiana se revelou na hora do hino da Argentina, intensamente vaiado. Irritado, Maradona desabafou, sendo pego no ato. Um pouco de leitura labial revela toda a revolta de Dieguito.
6. Um jogão (1990) O embate Itália e Argentina na semifinal da Copa de 90 foi um grande jogo. Literalmente, porque o árbitro francês Michel Vautrot simplesmente deu 8 minutos de acréscimo no final do 1º tempo. O motivo foi esdrúxulo: ele se esquecera de verificar o cronômetro. Como o jogo terminou empatado, indo para a prorrogação, e depois para a disputa de pênaltis, não será surpresa se for o jogo mais longo da história das Copas.
7. Chuveiro sem suor (1986) Bola rolando para Escócia x Uruguai, na Copa de 86, e em apenas 50 segundos de jogo, uma falta violentíssima do uruguaio Batista. O juiz não pensou duas vezes e mostrou o cartão vermelho. Foi a expulsão mais rápida da história dos mundiais. Esse foi pro chuveiro sem ter nada para limpar.
8. Vai uma edição de áudio aí? (1970)
Uma cena curiosa ocorreu no jogo entre Uruguai x União Soviética pelas quartas de final da Copa de 70. Como mandava o protocolo, foi executado o hino soviético e depois o hino uruguaio. Só que o hino do Uruguai possui uma introdução muito longa, e após uma breve parada, inicia-se a parte cantada.
Como não editaram o hino (como é feito com o hino brasileiro hoje em dia), logo após a pausa que antecede a parte cantada, os jogadores soviéticos simplesmente saíram para começar seu aquecimento. Quando perceberam que o hino ainda não havia acabado, alguns voltaram e outros ficaram parados em diversos locais do campo.
9. O uniforme mais esquisito da história (1978) França e Hungria se enfrentaram na 1ª fase da Copa de 78 já eliminadas. Porém uma confusão marcou o jogo. Ambos os times só levaram camisas brancas para a partida, e não tinham os outros uniformes. Sobrou para os franceses a solução, que consistiu em conseguir camisas de um time local de Mar del Plata, o Clube Atlético Kimberley, listradas em verde e branco, compondo sem dúvida o uniforme mais esquisito da seleção francesa em todos os tempos.
10. Guerra de patrocínio (1974) Um impasse se abateu sobre a seleção holandesa de 1974. Seu maior craque, Johann Cruyff, possuía um patrocínio da Puma, enquanto a seleção era patrocinada pela Adidas. Cruyff se recusava, por problemas contratuais, a usar a camisa holandesa com três listras nas mangas. A solução? No final das contas, a camisa de Cruyff era a única da seleção que possuía apenas duas listras, uma sacada bem sutil.
11. Um dia infernal para os narradores (1986) Inglaterra x Marrocos se enfrentavam na Copa de 86, e tudo corria tranquilo, apesar do 0 x 0 no placar. Aos 31 minutos do 2o tempo, o técnico inglês Bobby Robson resolve tirar Mark Hateley e colocar Gary Stevens, camisa 15, em campo. Tudo certo se não fosse um detalhe: o camisa 2 da Inglaterra, que havia começado o jogo e estava em campo, se chamava… Gary Stevens. Ambos defensores, mas um jogava no Everton, e o outro no Tottenham. Tá certo que nos jogos da Coréia, a profusão de Kims e Parks é grande, mas nome e sobrenome iguais foi a primeira vez. Imagino como os narradores devem ter adorado a situação.
12. A regra é clara? (1974)
A seleção do Zaire (atual República do Congo) foi à Copa de 74 para ser o saco de pancadas. Em jogo contra a Iugoslávia, levou de 9 x 0.
Contra o Brasil, na última rodada do grupo, um jogador mostrou o quão inocente e despreparada era aquela seleção. O Brasil tinha uma cobrança de falta; assim que o juiz apitou, o jogador Mwepu simplesmente correu para a bola e chutou para longe, antes que um brasileiro tocasse na bola. Recebeu cartão amarelo e ainda questionou o juiz. Claro: se ele tinha apitado, qualquer um podia chutar!
13. Histórias das eliminatórias (1970, 1990, 1994, 2010) As eliminatórias da Copa guardam histórias pitorescas e dramáticas. Os jogos entre Honduras e El Salvador, valendo classificação para a Copa de 70, foram tão tensos e cheios de animosidade, que, entre outros motivos, acabaram levando os dois países a uma guerra de verdade, a chamada Guerra do Futebol. Outra batalha campal foi entre Brasil x Chile em 90, que culminou com toda a farsa armada por Rojas e Cia. no episódio da fogueteira do Maracanã.
Houve também o maior drama de todos, vivido pela seleção de Zambia em 1993. Com um bom time e grandes chances de classificação, o avião que levava a seleção para uma partida da eliminatória caiu na costa do Gabão, matando toda a comissão técnica e jogadores. Mesmo assim, com um novo time formado às pressas, Zambia quase foi ao mundial de 94, perdendo a vaga na última rodada para o Marrocos.
E algumas seleções foram eliminadas de forma inacreditável. A França precisava de apenas um empate para garantir a vaga para a Copa de 94 com duas rodadas de antecipação, e faria os dois jogos em casa, contra Israel e Bulgária. Vencia Israel por 2 x 1, mas permitiu a virada no final do jogo. Contra a Bulgária, nova chance, e os franceses saíram na frente, mas cederam o empate. E inacreditavelmente, faltando 10 segundos para o fim do jogo, tomaram o gol que os tirou da Copa.
Já o jogo entre Arábia Saudita x Bahrein, em 2009, foi de arrepiar. Precisando da vitória, os sauditas pressionavam, jogando em casa, e conseguiram um gol aos 45 do segundo tempo, para alívio de sua torcida, que já comemorava a classificação para uma repescagem, quando os barenitas conseguem um empate relâmpago, eliminando os atônitos árabes.
14. Compartilhando agulha (1954) A Alemanha de 1954 foi o único time totalmente composto por amadores a vencer uma Copa do Mundo, isto porque naquela época, com o país ainda convalescendo da 2ª Guerra Mundial, não havia futebol profissional. Mesmo assim, e mesmo tendo levado uma goleada de 8 x 3 da Hungria na primeira fase, conseguiram bater os favoritíssimos húngaros na final, que foi batizada de “O Milagre de Berna”.
Misteriosamente, após a Copa houve um surto de icterícia entre os jogadores alemães. Um documentário de 2004 alega que os jogadores receberam injeções de alguma substância, através de uma agulha roubada de um médico soviético. Provavelmente espalhou-se uma hepatite entre eles.
No jogo entre Brasil x Inglaterra pela Copa de 62, a partida foi interrompida pela entrada de um cachorro no gramado. E o cachorro ousou, porque conseguiu fugir de vários jogadores que tentaram pegá-lo. Ironicamente, Garrincha, exímio driblador, levou um baile do cachorro. Coube ao inglês Jimmy Greaves ludibriar o bicho e pegá-lo. Diz a lenda que o cachorro urinou na camisa de Greaves ao ser retirado, e Garrincha não perdoou o inglês na gozação.
16. “Comendo” os adversários (1962) Uma das estratégias da comissão técnica chilena em 62 era servir uma refeição temática de acordo com o adversário na Copa. Assim, comeram queijo gruyere ao enfrentar a Suíça, espaguete contra a Itália… e tudo parecia dar certo. Mas o café, apesar de estimulante, não funcionou ao enfrentarem o Brasil na semifinal.
17. Brilha o Diamante Negro (1938) Na estreia do Brasil na Copa de 1938, Brasil e Polônia travaram um duelo recheado de gols, com o tempo normal terminando num empate de 4 x 4. Na prorrogação, brilhou a estrela de Leônidas da Silva, com um gol no mínimo curioso. Sua chuteira havia estourado, e como naquele tempo não era permitido substituir atletas, Leonidas continuou em campo descalço, enquanto consertavam sua chuteira.
Em determinado momento, a bola sobrou para Leonidas que bateu de pé descalço mesmo, fazendo mais um gol para o Brasil, que no final das contas venceu por 6 x 5. Em decisão muito controversa, o técnico Adhemar Pimenta deixou Leônidas de fora da semifinal contra a Itália, que o Brasil acabou perdendo. Muitos juram que, com ele em campo, a história teria sido outra. No fim, o Diamante Negro acabou artilheiro daquela Copa.
Nota: O famoso chocolate da Lacta é, sim, uma homenagem a Leônidas.
18. Os gols mais valiosos da história (1990) Você já ouviu falar de Ali Thani Jumaa e Khalid Ismail Mubarak? Muito se comenta de grandes gols da história das copas, mas provavelmente os dois gols que esses dois jogadores da seleção dos Emirados Árabes marcaram na Copa de 90, respectivamente contra Iugoslávia e Alemanha Ocidental, foram mais valiosos que a imensa maioria dos outros. Motivo: cada jogador recebeu, como recompensa pelos gols, um Rolls Royce novinho em folha.
19. Manda quem pode (1982)
Durante o jogo França x Kuwait, pela Copa de 82, um apito soou na arquibancada enquanto a França atacava. A defesa do Kuwait parou e Giresse marcou o gol. Após muita reclamação, o presidente da federação kuwaitiana, também um príncipe em seu país, invadiu o campo e conseguiu a anulação do gol na base do grito. Um Eurico Miranda das Arábias.
20. Tristes retornos (1958, 1966, 1994) Seleções que tinham grandes expectativas e voltam para casa após um fiasco podem sofrer nesse triste retorno. Alguns casos são notórios. A Argentina foi eliminada após uma goleada por 6 x 1 para a Tchecoslováquia, em 1958. Ao chegar no aeroporto de Ezeiza, uma chuva de ovos podres aguardava os jogadores. Tentando fugir da mesma sina, a seleção italiana que foi à Copa de 66, e foi eliminada pela Coréia do Norte, resolveu mudar secretamente o aeroporto onde o voo da volta pousaria. Pelo visto não foi tão secreto assim, pois alguns torcedores descobriram, e os jogadores não escaparam de tomates e ovos.
Em outros casos, houve violência mesmo. A torcida camaronesa elegeu o goleiro Bell um dos culpados pela eliminação em 94, e depredou sua casa. Mas o pior mesmo aconteceu com o zagueiro Escobar, da seleção colombiana de 94. Logo após a Copa, ele foi assassinado, provavelmente por ter marcado um gol contra que acabou eliminando o país.
CURIOSIDADES E BIZARRICES DA INQUISIÇÃO
A Inquisição foi uma espécie de tribunal religioso criado na Idade Média (século XII) e dirigido pela Igreja Católica Apostólica Romana. Foi fundada pelo papa Gregório IX em 1231 com o objetivo de reprimir e castigar tudo o que fosse considerado heresia pela Igreja.
Conta-se que a Inquisição foi criada inicialmente com o objetivo de combater os cátaros (ou algingenses), uma seita cristã com forte influência no Sul da França e Norte da Itália.
As punições da Inquisição iam da privação de “benefícios espirituais” e prisões, do confisco de bens e morte na fogueira.
A tortura passou a ser permitida nos tribunais em 1254 pelo papa Inocêncio IV, cerca de 20 depois de criada a Inquisição.
Ao contrário do que é normalmente propagado, o uso da tortura nunca foi usado em grande escala pela Inquisição. Mas é sabido que centenas de pessoas foram cruelmente torturadas com o objetivo de arrancar confissões/revelar heresias.
Entre os mais terríveis instrumentos de tortura usados pela Inquisição estão: o corta-joelhos, o triturador de cabeças, o arranca-seios e a donzela de ferro (que inspirou uma conhecida banda de heavy metal).
Apesar de seu caráter religioso, a Inquisição foi amplamente usada como instrumento político. Ela serviu para conter o avanço dos protestantes na Itália e para perseguir inimigo dos reis Fernando e Isabel na Espanha.
A Inquisição Espanhola foi criada em 1478 pelos reis Fernando e Isabel. No princípio, perseguiu os judeus e muçulmanos convertidos que eram acusados de praticarem suas antigas crenças.
Tomás de Torquemada (um frade dominicano), o principal inquisidor espanhol, tinha tanto poder que rivalizava com os reis da Espanha. Calcula-se que ele tenha condenado à morte de 2.000 a 10.000 pessoas.
Conta-se que Tomás de Torquemada rezava baixinho enquanto os suspeitos tinha sua pele queimada, unha arrancada e parafusos aplicados no polegar. As suspeitas de bruxaria eram despidas para que os inquisidores pudessem procurar em seus corpos tatuagens ou marcas que representassem o pentagrama invertido.
A sanha assassina e má fama de Torquemada era tamanha que o próprio Vaticano se incubiu de destituí-lo do poder.
Na Idade Média, os gatos pretos eram vistos como bruxas transformadas em animais. Eles chegaram a ser perseguidos pela Inquisição.
Por essa ninguém esperava: até os canhotos foram perseguidos pelos tribunais da Inquisição. Eles eram considerados praticantes de bruxarias, mensageiros da morte e enviados do Diabo.
Nem os defuntos escapavam da Inquisição. Quando descobria-se que um morto havia sido herético, seu cadáver era desenterrado e queimado.
Os historiadores acreditam que 50.000 pessoas (a maioria mulheres) tenham sido condenadas à fogueira por suspeita de bruxaria, pacto com o diabo e até por “lançar mau-olhado” em regiões de países como Alemanha, Suíça, Polônia, Dinamarca e Inglaterra.
A Inquisição não só agiu no Brasil, como agiu em diversos países da América, entre eles o México e Peru. Também foram criados tribunais na África (Cabo Verde) e na Ásia (Goa).
Calcula-se que 400 brasileiros tenham sido condenados pela Inquisição. Como os casos mais graves eram enviados para Portugal, os condenados à fogueira eram executados lá.
O Santo Ofício mudou duas vezes de nome. Hoje é conhecido como Congregação para Doutrina da Fé. Detalhe: Joseph Ratzinger, o atual papa Bento XVI, dirigiu a Congregação durante 24 anos.
Algumas das vítimas mais conhecidas da Inquisição: Galileu Galilei, Joana D’Arc, Giordano Bruno.
Uma última curiosidade: a Inquisição durou quase sete séculos.
Os 5 Serial Killers mais temidos de todos os tempos.
* Theodore Robert Bundy
Década de 1970. Esse sociopata contrasta com a imagem que temos de um "louco homicida". Era atraente, autoconfiante e bem sucedido com uma ampla variedade de mulheres. Tinha temperamento explosivo e imprevisível e boas notas na época da escola. Entrou para a faculdade, trabalhando meio período numa linha direta para suicidas, assumindo assim sua aparência de respeitável membro da sociedade. Em 1974 faz sua primeira vítima, dando início a uma série de assassinatos brutais. Seu padrão eram mulheres jovens, atraentes, com cabelos escuros na altura do ombro e repartidos no meio, todas muito parecidas fisicamente. Ted foi executado em cadeira elétrica em 1989 confessando de 20 a 30 assassinatos.
* Andrei Romanovich Chikatilo
Década de 1970/80. Serial killer de manifestação tardia colocou a culpa em sua infância sofrida com o regime soviético. Tinha grau universitário, esposa, dois filhos. Era um "homem inserido na sociedade". Chamava-se de "besta louca" e "erro da natureza". Seu primeiro crime foi em 1978 quando já tinha 42 anos. Seus crimes eram extremamente cruéis, a ponto de ser apelidado de o "Estripador de Rastov". Tinha padrões de canibalismo que negou com algumas vítimas, muitas encontradas faltando órgãos. Suas vítimas eram mulheres e crianças jovens de ambos os sexos. Já na prisão, confessou 55 homicídios, foi condenado à morte e executado com um tiro.
* Jeffrey Lionel Dahmer
Década 80/90. De significativo em sua história de infância: foi molestado por um garoto vizinho aos oito anos e seus pais tinham brigas ferozes depois de separados. Tinha um padrão de comportamento exibicionista. Em sua mente doentia, criou a ideia de criar zumbis que seriam seus brinquedos sexuais vivos, para isso, fazia buracos nas cabeças das vítimas escolhidas e pingava líquidos cáusticos nas feridas, tentando assim destruir a vontade da vítima. Experimentou segundo ele, canibalismo com pelo menos um corpo, embora dissesse que não era sua prática comum. Foi condenado à prisão perpétua, tendo sido morto na prisão em 1994.
* John Wayne Gacy Jr
Década de 1970. Seu pai, um tirano, alcoólatra. Era crudelíssimo com ele espancando-o brutalmente e chamando-o de menininha estúpida e inútil, fazendo-o crescer duvidando de sua masculinidade. Formou-se em administração e chegou a casar-se por duas vezes. Fazia festas em sua casa quando se vestia de palhaço tendo ficado conhecido desta forma por muitos. Não tinha padrão ao escolher suas vítimas que podiam ser conhecidas ou não, ele as estrangulava e guardava-as em casa. Foram tantas vítimas que ficou sem espaço passando a desovar num rio próximo de casa. Foi preso e recebeu sentença de prisão perpétua por 33 assassinatos. A pena capital foi restabelecida em seu estado tendo sido executado por injeção letal em 1994.
* Edward Theodore Gein
Década de 1950. Seus crimes inspiraram o filme Psicose e embora muitos o tenham excedido em número de mortes, nunca se viu nada semelhante no campo da "aberração mental". Sempre teve dúvidas de sua masculinidade tendo pensado em amputar seu pênis, mas decidiu-se para tornar-se mulher frequentar cemitérios retirando corpos ou partes deles e usando como decoração em sua casa. Em ocasiões especiais, usava o pedaço mais fino para usar em casa, vestia vestes completas feitas com os órgãos que retirava. Mas precisava de mais e em 54 começou a matar. Preso, confessou dois assassinatos e o roubo dos túmulos, porém o número parece ter sido maior, inclusive o de seu irmão. Morreu em um manicômio judiciário.